Pensão por Morte Filho Maior com Autismo

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A Pensão por Morte é um dos benefícios mais importantes do INSS, pois é ela que ampara financeiramente os dependentes do falecido.

Mas infelizmente, como regra, ao completar 21 anos os filhos perdem o direito à pensão.

A boa notícia é que existem exceções, como é o caso filho que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) , que pode manter o benefício pela vida toda.

E para você entender quando é devida a Pensão por Morte ao filho maior com autismo eu preparei esse guia completo.

Neste conteúdo, irei esclarecer os seguintes pontos:

O QUE É PENSÃO POR MORTE?

A Pensão por Morte é o benefício previdenciário destinado aos dependentes do falecido (instituidor do benefício).

Este benefício surge como uma forma de substituir a renda que o finado recebia de sua remuneração como trabalhador ou aposentadoria.

Desta forma, a Lei criou a Pensão por Morte para que a família do falecido não fique financeiramente desamparada.

ATÉ QUE IDADE O FILHO RECEBE PENSÃO DO INSS?

Em regra, os filhos do falecido têm prioridade no recebimento da Pensão por Morte do INSS, assim como o cônjuge/companheiro.

Contudo, não são todos os filhos que terão direito ao benefício.

Segundo a Lei Previdenciária, terão direito à Pensão por Morte os filhos que possuem até 21 anos de idade.

Passados os 21 anos, os filhos param de receber a pensão.

Importante: o enteado e a pessoa menor de idade que estavam sob tutela do falecido também se equiparam a filho, para fins de recebimento do benefício previdenciário.

Esta é a regra geral.

Contudo, Existem Exceções

Os filhos maiores, acima de 21 anos de idade, têm direito à Pensão por Morte nas seguintes situações:

  • Quando são pessoas com deficiência intelectual ou mental
  • Quando são pessoas inválidas (pessoa com incapacidade total)

Entre as principais deficiências intelectuais e mentais estão:

  • Transtorno do Espectro Autista (TEA)
  • Síndrome de Down
  • Esquizofrenia
  • Síndrome do X Frágil
  • Dentre outras condições

Portanto, caso o filho do falecido seja inválido ou possua deficiência de natureza intelectual ou mental, é possível a concessão da Pensão por Morte de forma vitalícia.

Atenção: a deficiência não precisa gerar incapacidade! Mais adiante trarei mais detalhes a respeito.

AUTISMO É CONSIDERADO DEFICIÊNCIA?

Sim!

Segundo a Lei 12.764/2012, a pessoa com Transtorno do Espectro Autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais.

Portanto, para fins de recebimento de Pensão por Morte, os filhos maiores de 21 anos de idade podem receber o benefício na condição de dependente.

Importante: mesmo nesta condição, o filho maior com autismo ainda possui prioridade no recebimento da pensão, juntamente com o cônjuge/companheiro do finado.

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INVALIDEZ NÃO É REQUISITO PARA RECEBER A PENSÃO POR AUTISMO

Como eu informei antes, para o filho do falecido receber a Pensão por Morte, é preciso que ele seja inválido ou tenha deficiência intelectual ou mental.

Isto é, a própria lei previdenciária diferencia as duas condições.

Na invalidez, a pessoa está incapacitada para o trabalho de forma total, permanente e irreversível.

Por exemplo: uma pessoa sofreu um acidente de carro e ficou tetraplégica.

Esta é uma situação clássica de invalidez.

Já na deficiência intelectual ou mental, o indivíduo será considerado uma Pessoa com Deficiência (PcD).

Mas isso não quer dizer que a pessoa está incapacitada.

Portanto, mesmo que a pessoa com autismo tenha capacidade para o trabalho, é possível que ela receba a Pensão por Morte.

Fácil a diferença, né?

DE QUE FORMA É AVALIADA A DEFICIÊNCIA

Para que seja avaliado o autismo do filho maior, é necessário passar por uma avaliação.

Este procedimento será feito por um médico e um assistente social para verificar como o Transtorno do Espectro Autista afeta a vida do filho dependente.

Na perícia médica, o médico irá avaliar as dificuldades de interação social, comunicação e limitações no dia a dia.

Já na avaliação social, o assistente social analisa o impacto do autismo na vida da pessoa.

Isso inclui aspectos como necessidade de acompanhamento, dificuldades para exercer atividades diárias e acesso ao mercado de trabalho.

Geralmente, é nesta parte que o INSS costuma dificultar o acesso à Pensão por Morte dos filhos dependentes, pois, por muitas vezes, a perícia médica é superficial.

Por este motivo, é bom ir preparado para a perícia.

Dica Importante

Compareça nas avaliações com toda a documentação médica que comprove a sua condição de Transtorno do Espectro Autista.

Mas não é só!

Se você deseja estar realmente preparado para a perícia, procure o auxílio de um Advogado Especialista em Direito Previdenciário, pois este é o profissional certo para fornecer orientações e detalhes sobre a avaliação.

Isso vai trazer segurança e tranquilidade para você.

DOCUMENTOS PARA PENSÃO POR MORTE DE FILHO COM AUTISMO

Se você quer ter sucesso no seu pedido de Pensão por Morte, é preciso possuir documentação completa da sua condição de autismo.

Para te auxiliar nesta jornada, vou listar aqui os documentos mais importantes para anexar ao seu pedido de pensão:

  • Documentos pessoais
  • CNH especial da Pessoa com Deficiência 
  • Documentação médica, tais como:
    • Laudos
    • Relatórios de Tratamento
    • Testes neuropsicológicos
    • Receitas
    • Exames
    • Prontuários
  • Laudo da Pessoa com Deficiência
  • Prova de isenção de impostos pelo fato de você ser PcD
  • Prova de reserva de cotas PcD nas empresas que trabalhou
  • Comprovação de passe livre de ônibus por ser PcD

Antes que você se assuste com o tamanho da lista eu vou logo adiantando que não se preocupe, pois não é necessário possuir todos esses documentos.

Mas quanto mais provas apresentar, melhor.

PENSÃO POR MORTE DO FILHO MAIOR COM AUTISMO INDEFERIDA

Como eu mencionei anteriormente, o Órgão Previdenciário, nos pedidos administrativos, costuma dificultar o acesso dos portadores de autismo à Pensão por Morte.

Isso porque, a perícia médica costuma ser muito rasa, sem muita investigação sobre o transtorno do cidadão.

Além disso, os médicos costumam ser “médicos generalistas”.

Não estou julgando a competência dos profissionais do Instituto, mas é evidente que algumas condições de saúde, como o autismo, demandam uma análise mais aprofundada da situação, que pode ser melhor realizada por um médico psiquiatra.

Então, não se assuste se o seu pedido de Pensão por Morte for indeferido por conta da não constatação da deficiência intelectual ou mental.

O Que Fazer?

Nas situações de Pensão por Morte indeferida, você poderá entrar com uma ação na justiça.

A via judicial costuma ser mais favorável aos dependentes, principalmente porque será possível realizar uma nova avaliação, agora com um médico especialista no assunto.

Assim, a sua perícia judicial será realizada por um médico psiquiatra, um profissional que avaliará completamente o seu Transtorno do Espectro Autista.

Desta forma, o resultado do seu pedido na justiça será mais imparcial e adequado para a sua condição.

Importante: para entrar com o seu pedido de Pensão por Morte na justiça, é necessário contratar um advogado.

Para te auxiliar ainda mais, vou deixar aqui o nosso artigo completo sobre o tema:

Recomendo fortemente a leitura!

Conclusão

Com a leitura deste artigo, você percebeu que os portadores de autismo, acima de 21 anos de idade, possuem direito à Pensão por Morte de forma vitalícia.

Isso porque, legalmente falando, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista são consideradas deficientes de natureza mental e intelectual.

Lembre-se de reunir toda a sua documentação médica para aumentar as suas chances de sucesso no pedido do benefício.

Também é interessante que você conte com um advogado previdenciário de confiança, principalmente se o caso for para a justiça.

O Giácomo Oliveira Advocacia está preparado para apoiar e orientar pessoas com autismo e suas famílias na busca da Pensão por Morte.

Te vejo no próximo conteúdo.

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